Amar é assim mesmo. Com o que é possível, com o que a gente tem à mão, nas circunstâncias em que as coisas aparecem. Vem de qualquer lugar mesmo, em hora inesperada, e quando chega, não surpreende. O cinema nunca concordou comigo nessa visão de coisas, até esse filme aí...
Filmes que contam que quem está no chão durante as guerras são pessoas que não sabem muito bem o que está acontecendo e nunca estiveram tão apavoradas nunca serão demais. Não-sei-quantos argentinos mortos para cada soldado chileno? Vice-versa? Se os todos jogam futebol, têm noivas, têm medo e valentia, se a fronteira não está pintada no chão, como é mesmo que a política faz para separar as pessoas?
Policial, psícológico-freudiano, noir, e peronista e antiperonista. O cinema argentino é muito massa.
Às vezes a gente tenta sair. E sai. E se enche de esperança. E não adianta nada, porque esse mundo é mesmo uma merda.
E às vezes a gente sai mesmo, vai até lá longe pra continuar sendo a mesma coisa que era antes - talvez um pouco mais satisfeito que antes com a mesma coisa. Porque o mundo pode ser isso mesmo, apenas uma chatice.
ou "os melhores filmes de 2008 que vocês jamais vão encontrar pra ver". adoro.
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